Educação Quilombola


Histórico

Surgem no Brasil, a partir do século XVII, pequenos assentamentos rurais denotados por comunidades quilombolas que abrigavam negros foragidos de senzalas, índios e mestiços. Estas comunidades, enquanto representações ricas e puras da cultura negra no país já chegam a 2.842 pontuadas por todas as regiões brasileiras.

Em reconhecimento à importância cultural das comunidades quilombolas remanescente no país bem como para elevar a qualidade da educação e da realidade sociocultural e política destas comunidades e do movimento quilombola iniciou-se, em 2011, o processo de elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola.

Apesar dos esforços do Ministério da Educação, estudos realizados comprovam o difícil acesso dos alunos oriundos destas comunidades às escolas e também as precárias condições de suas estruturas físicas. Geralmente construídas de palha e pau-a-pique, as escolas não oferecem água potável e as instalações sanitárias são inadequadas.


A adequação dos professores ao contexto

A capacitação dos professores, para atuar em comunidades remanescentes de quilombo, ainda deverá percorrer um longo caminho até adequar-se as necessidades do educando, sendo o numero destes profissionais ainda insuficientes para atender a demanda. Após reuniões entre quilombolas, educadores, pesquisadores, representantes de movimentos sociais e dos setores do poder público, serão concluídos o texto final de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, o que possivelmente oferecerá o reconhecimento e respeito pelas características e realidade dos povos quilombolas, a capacitação inicial e continua de professores e a valorização social, cultural, histórica e econômica dessas comunidades.

A escola tem um papel fundamental para os moradores dos quilombos contemporâneos, mas eles desejam uma escola sua, da comunidade, onde suas diferenças sejam respeitadas.

A grande diferença que se deve destacar entre a transmissão do saber nas comunidades negras rurais e nas escolas é que, no primeiro caso, o processo, fruto da socialização, desenvolve-se de forma natural e não formal e, no segundo, o saber nem sempre está referenciado na experiência do aluno.

Para fazer com que o nível de qualidade da educação que é oferecida a essas comunidades se desenvolva e chegue a um grau mais elevado, o Ministério da Educação oferece a esse tipo de comunidade, anualmente, uma ajuda financeira aos sistemas de ensino. Destinando esses recursos para a formação continuada dos professores para áreas remanescentes de quilombos, ampliação e melhoria da rede física escolar e produção e aquisição de materiais para ministrar as aulas.

Em diversos casos, os professores ministram suas aulas para turmas com alunos que estão em séries diferentes. Dentre essas comunidades pouquíssimas tem o ensino fundamental completo.


Referências

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Disponível em: https://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12396&Itemid=684. Acesso em: 06 de junho de 2013

EDUCAÇÃO QUILOMBOLA E A DIVERSIDADE. Disponível em:

https://educacaoquilombolaeadiversidade.blogspot.com.br/.  Acesso em: 06 de junho de 2013.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA. Disponível em: https://www.seppir.gov.br/destaques/Cartilha%20Quilombola-screen.pdf. Acesso em: 06 de junho de 2013.