Ensino Médio Inovador

 


O que é esta politica? O que ela trata, ou, a que se refere?

      O programa Ensino Médio Inovador (EMI) não possui uma definição tão simples, mas tem como ideia a mudança da escola e sua cultura de funcionamento, aumentando a carga horária e dispondo de atividades escolares na perspectiva da aprendizagem através da relação social. O EMI propõe uma nova perspectiva da escola, tornando – a de fato atraente aos olhos dos estudantes, vindo a alavancar questões como autonomia, a relação alunos-escola e valorizando as práticas experimentais deixando de lado o campo das ideias que tanto permeia a escola atual.


Por que ela foi elaborada?

Pela necessidade de inovação da escola e da educação básica. Com altos índices de evasão dos estudantes e com o modelo ultrapassado de conceber a aprendizagem, torna-se notório o declínio da estrutura escolar pública, devido ao uso excessivo de ideias que não refletem em sua realidade. A escola precisa se adequar as diversidades dos estudantes, portanto a necessidade de inovação.

 

   O que já aconteceu desde sua publicação?

          “Inicialmente, o EMI abrangia 100 escolas, hoje já está presente em 355. O Observatório da Educação consultou escolas de diferentes regiões do país que desenvolvem projetos de EMI e constatou que, mesmo consideradas importantes, as experiências se distanciam da proposta inicial do MEC. Em algumas das escolas consultadas, sequer há turmas formadas”. Hoje o número de escolar que aderiram ao EMI deve ser bem maior, lembrando que através da proposta descentralizadora da nova LDB, os Estados tem autonomia para escolher se quer aderir ou não o EMI. Alguns destes Estados com problemas com o MEC, preferem não aderir por falta de vontade política mesmo.

          Entre os 18 estados que já implantaram o projeto, apenas sete assinaram convênio com o MEC para receber os recursos necessários para a capacitação pedagógica dos professores e para remunerar os docentes que ampliarem sua jornada de trabalho.

 


Que opiniões (positivas e negativas) existem sobre ela?

Alguns educadores e profissionais da educação falam da boa proposta do EMI no desenvolvimento de novos currículos que amplia o tempo dos alunos na escola, propiciando formação integral. Na opinião de Maria Sylvia Simões, professora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, as ideias do Ensino Médio Inovador representam um avanço na educação brasileira.

O que negativa o EMI para alguns, esta na questão dos gastos por novas demandas que o projeto requer, como contratação de novos docentes, salários justos a estes, novas condições estruturais das escolas, capacitação dos docentes atuais, dentre outros.


Qual a situação dela hoje?

Segundo o presidente do CNE (Conselho Nacional de Educação), o programa ainda não está perfeito, pois vai de encontro aos princípios das novas diretrizes (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) que dividem o ensino em quatro grandes áreas: Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Linguagens, principalmente no ponto em que aposta na autonomia das escolas. Esse programa está provocando muitas discursões e bons debates em vários estados, principalmente no fator que diz respeito à carga horária. Outro fator importante e que ajuda muito é o fato de se ter recursos.

Quase duas mil escolas do País já aderiram ao programa Ensino Médio Inovador, do Ministério da Educação (MEC), que prevê investimentos federais, ampliação da jornada e reestruturação dos currículos. A estimativa de investimento para 2012 foi de R$ 105 milhões nessas escolas.